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domingo, 15 de fevereiro de 2009

Matéria do jornalista Ricardo Daehn

Ao Correio Braziliense

Editoria de Cultura

Clara Arreguy

Brasília, 15 de fevereiro de 2009.



Prezada,



Pessoalmente, sou testemunha de seu cuidado e apreço com a informação à frente dessa editoria. Entendo que no percurso de uma matéria jornalística, muitas armadilhas podem acontecer para um repórter com pouca experiência ou em início de carreira. Como sei que esse não é o caso do jornalista Ricardo Daehn, pois acompanho seu eficiente trabalho nas páginas do Correio, gostaria de aqui fazer uma observação sobre a matéria intitulada Apoio Triplicado que foi publicada neste último sábado, dia 14.



Infelizmente, os fatos ali contidos enfocam apenas um ponto-de-vista, ou seja, o da Secretaria de Cultura, o que torna a informação incompleta. Num descuido, talvez, o experiente repórter só ouviu um dos lados. A classe artística não foi ouvida sobre o assunto.

Não é verdade que a Secretaria ouviu a comunidade sobre o edital 2009, como também não é verdade que o FAC 2008 atrasou devido a pendências em vários projetos dos artistas, mais sim, devido à morosidade e má vontade da Secretaria de Planejamento no repasse dos recursos e da própria Secretaria de Cultura, carente de visão e de políticas culturais.

Quanto aos valores, o que a comunidade esperava está acima dos parcos 11 milhões anunciados pelo Secretário Gorgulho. Os recursos do FAC, que por lei agora estão vinculados à receita líquida do DF, com percentual de 0,3%, aliás, uma conquista dos artistas do DF, e após extensa discussão e acordos na Câmara Legislativa, deveriam chegar neste momento a um valor mínimo de 24 milhões.

Se, como dizem na matéria, que até o final do ano o FAC chegará a um teto de 20 milhões, caberia, no mínimo, uma pergunta, onde estarão os outros 4 milhões? Há mais distorções e politicagens nos bastidores do FAC, do que ainda possa vislumbrar nossa boa fé e paciência no que diz respeito às autoridades do setor cultural do governo Arruda.

Iremos para as ruas, na terça-feira, dia 17, às 8h, questionar a ausência de política cultural desse governo e o discurso oblíquo que o mesmo divulga na mídia. A organização do evento é do Fórum de Cultura do DF, instância que reúne artistas de vários segmentos, linguagens e expressões. Iniciaremos atividades performáticas na rodoviária, informando a população sobre a verdade, finalizando com um cortejo até a Secretaria de Cultura. Os passos seguintes, certamente, serão em direção ao Ministério Público.



Atenciosamente,

Adeilton Lima

Ator – DRT 1642

POLÍTICA CULTURAL - Apoio triplicado

Com os R$ 11 milhões destinados ao primeiro semestre, o Fundo de Apoio à Cultura amplia recursos para o setor e as áreas atendidas

Ricardo Daehn

Da equipe do Correio

Com perspectiva de alcançar R$ 20 milhões durante o ano, o Fundo de Apoio à Cultura (FAC) teve o anúncio do primeiro lote, ao qual foram atrelados R$ 11 milhões destinados a projetos culturais, analisado ontem pelo secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho, após a publicação no Diário Oficial do Distrito Federal. Na ocasião, ele comemorou a planilha de evolução do fundo, crescente em montantes desde 2003 (quando o FAC liberou R$ 4,2 milhões). “Vamos triplicar, de novo, o apoio às iniciativas culturais no DF. Diante da receita corrente líquida, pode haver aumento nos R$ 9 milhões reservados para a segunda etapa do FAC, em julho”, reforçou. A ampliação também diz respeito às áreas contempladas pelo fundo que, a partir de agora, agrega o segmento de ações de educação patrimonial, além dos tradicionais estímulos à literatura, às artes visuais, ao cinema, à música e a outras cinco áreas.

Para explicar a recém-criada categoria que atenderá setores de patrimônio cultural, histórico, arqueológico, museus e bibliotecas, o secretário lembrou da destacada iniciativa do professor de história Rinaldo Paceli Ferreira, vencedor do Prêmio José Aparecido de Oliveira. “Em trabalho com ações educativas em escolas, ele dá aulas sobre a história de Brasília e, nas lições seguintes, os alunos visitam todos os monumentos relacionados aos temas”, explicou.

Com reserva de R$ 1 milhão, as ações de educação poderão se fixar, entre outros meios, a partir de projetos de visitas guiadas organizadas em museus para estudantes e aprendizado para preservação de arquivos e monumentos sediados na capital. “Haverá melhoria na sensação de pertencimento do cidadão”, aposta Gorgulho.

As porcentagens relacionadas aos R$ 10 milhões do FAC permanecem inalteradas — “numa medida consensual resultado de ampla discussão na classe artística”, como aponta o secretário-adjunto de Cultura, Beto Sales. Gestão, pesquisa e capacitação tomam a menor parcela (3,5%), enquanto porcentagens mais expressivas alcançam 16,5% (cinema) e 13,5% (artes cênicas, música e projetos especiais). O quadro do Conselho de Cultura do DF será o mesmo do ano passado, com seis representantes do governo e seis nomes indicados por organizações de arte.

Pontos fundamentais no edital dizem respeito a pré-requisitos e prazos do FAC: as inscrições dos projetos podem ser feitas até 30 de março, por pessoas físicas ou jurídicas, residentes há pelo menos dois anos no DF, cadastradas junto ao Ceac (Certificado de Ente e Agente Cultural, que aceitará dados de proponentes até 6 de março). A leitura do edital e o preenchimento de formulários podem ser feitos via internet (www.sc.df.gov.br). O limite para análise das propostas pelo Conselho de Cultura será 1º de junho. Trabalhando com o prazo de abril para a liberação de montantes do FAC de 2008, a gerência do fundo atribui a lentidão ao processamento moroso de documentação e pendências em projetos anteriormente beneficiados.

Além dos critérios estipulados em portaria para o julgamento de projetos (que incluem relevância, qualidade geral, aplicação de cultura inclusiva), o secretário Silvestre Gorgulho alerta para um quesito extra que terá peso para a segunda etapa do FAC 2009, em julho. “A gente vai dar muita força às atividades concentradas no cinquentenário de Brasília. Serão filmes, livros, projetos teatrais. Precisamos fazer do cinquentenário não apenas alavanca de autoestima para o brasiliense, mas, sobretudo, mostrar ao Brasil que existe aqui piauiense-brasiliense, acreano-brasiliesnse e paulista-brasiliense. Queremos um resgate da história da cidade que foi, desde a construção, algo muito combatido pela mídia. O estigma das notícias saídas daqui tem que ser alterado, para reforçarmos no país a nossa condição de capital, de patrimônio admirado pelo mundo inteiro”, concluiu.

Vassoura Elétrica - Feijão de Bandido